Os prejuízos de realizar processo de calibração manual em campo

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Ady Júnior Bueno

Ady Júnior Bueno

Como já abordado aqui no blog, o processo de calibração pode passar por várias etapas, seja em laboratório ou em campo. Porém, independentemente de onde seja realizado esse processo, alguns cuidados devem ser tomados, principalmente, para atender os requisitos da ISO 17025:2017. Por isso, hoje, vou falar um pouco sobre alguns prejuízos de realizar o processo de calibração manual em campo.  

Apesar de considerarmos alguns requisitos da ISO 17025:2017, neste artigo, abordarei, também, outros fatores que podem otimizar ou prejudicar o processo de calibração em campo e que não estão necessariamente conectados à norma.  

O que é a calibração em campo? 

A calibração em campo, ocorre quando o técnico necessita realizar o trabalho nas instalações do cliente onde está localizado o instrumento que, por determinados fatores, não pode ser deslocado para o laboratório. O trabalho em campo merece uma atenção redobrada, pois as instalações e condições ambientais devem estar de acordo com o que foi definido no procedimento do instrumento. 

Para que todo o plano de trabalho ocorra em conformidade e dentro do planejado, existe uma variedade de ferramentas que contribui nesse processo, resultando numa calibração mais precisa. No entanto, se a opção for trabalhar de forma manual, os resultados esperados podem ser comprometidos por não haver uma informatização das etapas e uma certa dependência da “mão-de-obra humana”. 

Maior chance de erros  

Nesses casos, um trabalho manual pode causar erros e contratempos, pois é necessário que o técnico tenha em mente todos os procedimentos que serão adotados e as necessidades específicas da calibração, gerando uma certa dependência de sua memória e anotações feitas em papel. 

Por mais que existam planilhas capazes de registrar as leituras e resultados, elas dependem totalmente da atenção do técnico, pois qualquer informação errada, pode comprometer todo o trabalho realizado. Com o software adequado, os erros diminuem à medida que as leituras vão sendo calculadas dentro de um padrão mecanizado e programado. 

Integridade das informações 

Todas as informações mantidas de forma manual, correm sérios riscos de perder a integridade e a capacidade de serem utilizadas. Planilhas impressas, anotações em papel, rascunhos etc, prejudicam a confiabilidade dos dados contidos nas informações, por não passarem pela triagem sistemática e rigorosa entre os colaboradores do laboratório.  

Algo parecido também pode ocorrer na atividade em campo, agravado ainda em ambientes que requerem mais atenção e cuidado, dificultando o manuseio de papéis, fichas, canetas e calculadora no momento da calibração. Isso acaba criando uma grande margem de erros que poderia ser evitada em um processo sistematizado.  

A ISO 17025:2017, no item 7.1.3, descreve todos os requisitos que o sistema de gestão deve ter para assegurar a proteção das informações coletadas, porém, sem a utilização de um software e na ausência de um sistema de gestão, todos esses requisitos acabam por serem deficientes no processo manual, já que o único meio de os realizar é por intervenção humana e, como já mencionado acima, este caminho não é totalmente confiável. 

E por falar em integridade e confiabilidade das informações, existe um artigo no blog dedicado ao tema. Dá uma conferida nele também. 

Gasto de tempo desnecessário 

O processo de coleta manual demanda o uso de papel, nesses casos, as informações precisam ser digitadas para o seu destino final (sistema/planilha/documentos), onde serão utilizadas para emissão do certificado de calibração. Essa atividade requer mais tempo para ser finalizada, já que não existe uma maneira automática e integrada que otimize a conclusão do processo, sem contar ainda com a possibilidade de erros nessa transferência de dados. 

Isso gera retrabalhos e dificulta o fornecimento do certificado de calibração, que levará mais tempo para ser concluído e mais tempo para ser entregue ao cliente. Um cenário totalmente oposto considerando a utilização de um software dedicado às calibrações, que é capaz de fornecer o certificado na mesma hora. 

Desgaste mental da equipe 

Além dos problemas mencionados acima, ainda será necessário lidar com as reclamações que poderão surgir de clientes, pela demora na disponibilidade dos certificados, por alguma não-conformidade na atividade em campo ou simplesmente pelo desgaste mental causado pelos retrabalhos, criando uma certa insatisfação entre os colaboradores da equipe por utilizarem um processo antigo e pouco eficiente.  

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1 comentário em “Os prejuízos de realizar processo de calibração manual em campo”

  1. Pingback: Quais os prejuízos com o tempo elevado de emissão de certificados na metrologia?

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