Dois aspectos importantes ao qualificar alguém em Metrologia

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Ana Cláudia Marquardt

Ana Cláudia Marquardt

Ao contratar um profissional para atuar em metrologia, é muito difícil encontrar alguém que já tenha tido contato com essa área. Por isso, a integração e treinamento das pessoas é de suma importância para que se sintam parte da equipe (tanto em conhecimento quanto em condutas) e consigam desempenhar um bom trabalho.

O desafio de capacitar as pessoas em Metrologia

Quando você contrata um profissional para atuar diretamente nas atividades de laboratório, com certeza precisará aplicar testes de manuseio e procedimentos com os instrumentos de medição com que a pessoa irá trabalhar. Porém, isso se torna um pouco mais complicado ao contratar uma pessoa que vai atuar indiretamente, como por exemplo, no setor comercial.

Você pode encontrar um baita vendedor, que domine muitas técnicas de vendas, mas que até o momento não atuou com metrologia. E agora, como qualificar essa pessoa para que ela consiga executar as atividades de forma satisfatória dentro da nova área de atuação?

Conheça a pessoa

Esses dias eu mudei de casa. A nova casa que alugamos tinha uma churrasqueira e nela, uma grelha. A grelha estava bem suja, aparentemente encarvoada, mas quando começamos a limpar com esponja de aço e escova, não estava dando certo. Então descobrimos que, na verdade, a grelha havia sido usada pelos antigos donos com o plástico, que derreteu e o resto você já imagina. Resumindo: compramos uma escova de aço e uma espátula de Inox. Resolvido o problema!

Mas você deve estar pensando: “Porque ela está falando isso!?”. O que quero dizer é que precisamos, além de saber o que fazer, precisamos usar as ferramentas certas. Por mais que você saiba bastante sobre metrologia para passar um treinamento completo, ou tenha algumas referências boas de artigos para indicar, será que um vídeo, atividade prática, ou deixar a pessoa pesquisar por ela mesma não seria mais efetivo?

Por isso é muito importante conhecer a pessoa que está entrando no time. Conversar é sempre uma boa opção na busca de entender como a pessoa vai se sentir bem e como será mais efetiva essa busca pelo aprendizado. Isso trará benefícios tanto para quem está chegando, quanto para a equipe, pois o caminho até o conhecimento será mais assertivo e, consequentemente, o resultado virá mais rápido.

Re-conheça a pessoa

Sempre que chega alguém novo na equipe, essa pessoa se sente naturalmente pressionada. Querendo ou não, há uma expectativa sobre ela por parte do líder, da equipe, da empresa, da família, dela mesma, e por aí vai.

Arrisco dizer que a pior coisa que pode acontecer nesse momento (e em toda a vida de uma pessoa em uma empresa) é não saber se está atingindo a expectativa, o que deve manter, se precisa melhorar algum ponto. Então, a segunda dica que dou é: tenha um acompanhamento constante do trabalho da pessoa.

É claro que você não precisa estar o tempo todo elogiando ou criticando o trabalho, mas é muito importante que tenha uma periodicidade, justamente para dar um direcionamento.

Cuidado com o “tapinha nas costas”.

Algumas vezes a pessoa está indo bem no treinamento e até já está conseguindo realizar boas entregas mas, também é papel do líder fazer o acompanhamento correto que permita à pessoa estar em constante evolução.

Eu chamo de “tapinha nas costas” aquele reconhecimento verbal em que você elogia a pessoa mas não agrega em nada para continuidade do bom trabalho ou para que ela se sinta engajada em continuar evoluindo.

Imagine um colaborador que inovou em um relatório, deixando a informação mais clara, e agradou um cliente. Chegar até ele e dizer “muito bom, parabéns”, não agrega muito. Você precisa ser específico, explicar os impactos daquele trabalho e como influenciou o resultado da empresa. Isso fará com que a pessoa entenda a conexão e importância do trabalho dela.

Nestes momentos em que identificamos a qualificação sendo desenvolvida, precisamos sempre estar de olho na entrega de autonomia. Empoderar as pessoas pode ajudá-las a se desenvolver ainda mais rápido. Um reconhecimento como: “Você fez um ótimo trabalho no relatório do cliente, vamos abrir um projeto para aproveitar essa inovação nos demais relatórios e setores e vou contar com você para executar esse importante trabalho”.

Além de enaltecer o trabalho excelente que a pessoa fez, você abrirá um leque de oportunidades, criando conexão entre o individual e coletivo. Além de trazer um senso de responsabilidade quando algo feito apenas para ele, a princípio, se tornará um padrão na empresa. Que legal, né?

Desenvolver pessoas é desenvolver autonomia

É importante levarmos em consideração que, uma equipe mais desenvolvida, cria mais autonomia tanto para resolver problemas quanto para abraçar mais oportunidades. Isso torna a empresa mais veloz e mais apta para crescer.

Mas como todo trabalho com pessoas, é importante estar atento não só ao que a pessoa entrega, mas quem ela é. Conhecer as pessoas e competências, sejam elas técnicas ou não, pode trazer a tona habilidades que contribuem no ambiente de trabalho e que você nem esperava. Isso traz ganhos para todos.

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